Em mais um conteúdo do blog da Fast Solution, você fica por dentro de um tema extremamente relevante para o dia a dia das empresas: a redução e o controle de riscos de acidentes
HIERARQUIA DE CONTROLE DE RISCO
Hierarquia de controle de risco é a ordem que deverá ser seguida para definir o controle de um determinado risco em sua empresa.
Quando falamos em controle de risco, automaticamente, vem à mente o ato de fornecer EPI (Equipamento de Proteção Individual). Isto é um erro comum praticado nas empresas, já que muitos acabam pensando em EPC (Equipamento de Proteção Coletivo).
Você e seus colaboradores, ainda pensam assim?
Para acabar com esse ‘erro comum’ de que existem apenas duas opções para solucionar os riscos (EPC e EPI), segue a hierarquia correta que deverá ser seguida para a eliminar ou, pelo menos, minimizar os riscos:
Essa hierarquia define que os controles mais efetivos são os que estão no topo da pirâmide, ou seja, em primeiro lugar devemos pensar em ELIMINAR o risco. Se não for possível, tentar REDUZIR.
Abaixo, disponibilizamos uma explicação básica sobre cada item:
1) ELIMINAÇÃO: o ato de eliminar o risco
– Eliminar um produto químico que pode ser substituído por um menos agressivo;
– Substituir uma máquina ruidosa por uma que gere menos ruído, ou adequá-las as NRs
O que se deve pensar nesse item é se realmente esse produto ou essa máquina é essencial para o processo. Já vi várias empresas usarem equipamentos perigosos que foram substituídos por outros que não geram nenhum risco para o trabalhador, ou, até mesmo, eliminaram o equipamento que não faz falta para o processo.
2) REDUÇÃO: reduzir o risco a níveis aceitáveis
– Reduzir a exposição do trabalhador ao risco, por meio de rodízios (job rotation);
– Reduzir o número de máquinas em um determinado setor para diminuir o ruído (ou adequá-las);
– Reduzir a quantidade de produto químico utilizado.
Em um determinado processo, utilizavam um produto corrosivo para limpar o verniz e as tintas que ficavam impregnados nos cilindros das máquinas. Porém, foi feito um teste e descobrimos que o produto misturado com água na proporção de 50% de água e 50% do produto fazia o mesmo efeito na limpeza e se tornava menos corrosivo. Então foi padronizado essa diluição, reduzindo riscos.
3) ENGENHARIA: utilizar projetos de Engenharia para controlar os riscos
– Colocar proteção nas partes móveis (segurança NR 12) das máquinas e equipamentos;
– Enclausurar equipamentos (segurança NR 12)
– Sistemas de ventilação.
Sempre que um processo for essencial para uma determinada empresa, o mesmo deverá ser mantido e a engenharia entra em ação, protegendo as vidas humanas.
4) ADMINISTRATIVO: administrar o risco
– Elaborar APR (Análise Preliminar de Riscos);
– Elaborar a Permissão de Trabalho;
– Treinamentos e conscientização;
– Placas de advertência.
Este é o item que requer maior atenção, já que depende muito do comportamento humano que, apesar de toda identificação e conscientização, ainda haverá probabilidade de erros.
5) EPI: tornar obrigatório o uso do EPI
– Protetor auricular;
– Bota de segurança;
– Óculos de Segurança;
– Luvas;
– Capacete de segurança, etc.
Fornecer o EPI é assumir que o risco existe e que este não está sob controle, mas dificilmente você vai conseguir viver sem eles, então utilize-os sempre de forma correta. E continue tentando as demais formas de controle. Se não tiver jeito forneça o EPI que é a nossa última opção.
Tudo que estamos citando até aqui, fica evidente no item 15.9 do PPP. E aqui vai uma perguntinha capciosa:
Foi tentada a implementação de medidas de proteção coletiva, de caráter administrativo ou de organização do trabalho, optando-se pelo EPI por inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade, ou ainda em caráter complementar ou emergencial?
Por que será que essa pergunta está lá no PPP?
Bem simples a resposta! Hoje, o mais fácil é fornecer o EPI. Mas, de acordo com a Hierarquia, ele é o último item a ser pensado. Então, o correto é provar que os demais itens são tecnicamente inviáveis antes de fornecer o EPI e, lógico, registrar essa inviabilidade técnica e não apenas dizer que é inviável.
A inviabilidade técnica pode ser obtida por meio de relatórios e parecer técnico assinado por profissionais habilitados.